Nestes dias soturnos e de fim dos tempos da Tugalândia, dei comigo a pensar o que teria levado o sr. presidente da república a deslocar-se a umas remotas ilhas lá no meio do Atlântico, enquanto esperava o resultado das reuniões dos partidos do tal "arco da governação" que deram no que deram.
Entretanto, lembrei-me que já nos velhos tempos do século XIX, quando Portugal andava na linha dos afogados e da bancarrota, lá vinha a possibilidade da venda das colónias aos estados-tubarões credores, que nesse tempo se resumiam sobretudo à poderosa Grã Bretanha - a cínica e bêbada Inglaterra, do nosso saudoso Guerra Junqueiro.
Passaram-se os tempos, acabaram as "colónias". O que resta ainda, dessa velha "solução"? - umas ilhazecas algures no Atlântico. Bem, livrar-mo-nos da Madeira era cá um alívio!!! E entregar os Açores aos americanos talvez ainda rendesse umas coroas - o problema é que eles parece que têm por lá já cidades a falirem (tipo Detroit), por isso, seria uma "venda" a caloteiros... Não sei se seria bom negócio.
Mas que tal experimentar - após uma visita de charme - vender as Selvagens a algum sultão árabe, ansioso por ter umas ilhotas desertas onde celebrarem o Ramadão e construir uns palácios. E se, com bocado de jeito, lá se descobrisse petróleo (é só convencê-los disso), melhor ainda! - bem diz o sr. presidente da república que o nosso futuro está no mar... Depois de se vender e privatizar tudo, porque não também as ilhas, o mar, a terra, o ar??
O mote está dado... é só abrir o leilão.
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