Dizem que ontem foi "o pior dia do ano" da "época dos incêndios-2017" - ver aqui:
http://observador.pt/2017/10/16/tudo-o-que-se-sabe-sobre-o-pior-dia-de-incendios-do-ano/
Já o dissemos e escrevemos diversas vezes: os incêndios florestais (que agora alastram também para casas e povoados), é o grande negócio de Verão - ver aqui: https://aquidaldeia.blogspot.pt/2016/08/ainda-sobre-os-fogos-de-verao-e-porque.html
E, como este ano o verão se prolongou, continua o negócio, já o Outono vai alto. Digamos que foi um "bom ano" para os negociantes do sector.
Cenários dantescos, milhares de hectares de terra queimada, casas, carros, pessoas e animais mortos, carbonizados. De vez em quando apanha-se um pirómano que, uma vez identificado, é posto em liberdade, quando muito a aguardar julgamento, enquanto trata (ou alguém por ele) do devido certificado psiquiátrico.
Décadas e décadas de um país (será?) a arder... E, como disse o sr. primeiro ministro, habituem-se, porque isto vai continuar. Pois, nem Sirespes, nem Sirespas, tudo pago chorudamente para coisa nenhuma. Sim, "isso" foi apenas mais um dos muitos e chorudos negócios que gravitam em torno dos "fogos"... Claro que isto nunca acabará, porque num sistema iníquo que é o do capitalismo selvagem, a palavra central de tudo isto é: N E G Ó C I O !!!... entenderam?? dito em inglês: B U S I N E S S !!!- já que é dos mundos anglo-saxónicos, com o expoente máximo nos EUA's, que tal sistema emana.
Assim, do mesmo modo que inventaram a informática, logo a seguir inventaram os vírus informáticos... e, os mesmos que inventaram os vírus informáticos, logo a seguir inventaram os anti-vírus informáticos... E em relação às doenças, quantas não terão sido propagadas para depois se venderem os "remédios"? Tal como me lembra de ouvir aos velhos que, noutros tempos, passavam aviões a deitar do ar escaravelhos da batata, para depois se vender o DDT...
E o problema está mesmo nos DDT's, agora com outro significado, como bem o sabe um famoso banqueiro, agora em palpos de aranha e mó de baixo, valha-nos o sistema judicial.
Pelo que, esperemos, logo que o dito sistema judicial consiga ganhar a guerra contra o sistema corrupto-democrático que dá cobertura ao (aliás, é eleito pelo) sistema corruptor-económico (=capitalismo), resta-nos a esperança de que se comece a esmiuçar o que está por detrás deste grande negócio de verão (e outono). Dos pulhíticos não há nada a esperar. São apenas os que compram os submarinos e os "meios aéreos" que os agentes do capitalismo lhes metem pelos olhos a dentro, em luzidos cardápios, para os adquirirem com o nosso dinheiro. - Estão a ver? tantos fogos... quantos aviõezinhos têm? e helicópteros? pois, como se vê, não chegam... têm que alugar mais... ou comprar mais... Quando é que é a reunião com o/a sr(ª). ministro? - ok, depois levamos o catálogo com os novos modelos... Ah, e também podemos conversar sobre o novo dispositivo de detecção remota de fogos - último modelo - e substituir o sistema obsoleto do Siresp...
- É tudo uma questão de se estabelecer a correlação entre fogos e vendas e certamente as "escutas" confirmariam as aquisições, o quem vende a quem, e o quem manda fazer o "trabalhinho" ao pirómano coitadinho que é maluquinho...
Por alguma razão não são promulgadas leis draconianas, tipo pena máxima para pirómanos, a menos que "cantassem" quem são os (co)mandantes... E por alguma razão não se investe numa efectiva política de prevenção, em vez de se alimentar a indústria do apaga-fogos.
Bem, decerto haverá ainda uma outra explicação, a qual vamos ter de esperar para ver. Ou seja, veremos se agora não se vai suceder um emparcelamento da propriedade rústica nas mãos de grandes oligopólios florestais e agrícolas (inscrevendo-se esta política de terra queimada na eliminação do que resta do tradicional minifúndio multissecular) e, aí sim, os novos senhores tratarão de cuidar bem das sua novas matas celulósicas ou afins, talvez até com guardas armados a patrulhar as novas florestas privadas (nova forma de emprego para os seus antigos pirómanos)...
É-me cada vez mais estranho este mundo em que vivemos.
Decididamente, o meu reino não é deste (i)mundo.
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