sábado, 30 de setembro de 2017

Romanices...

Enquanto não se inventa a Máquina do Tempo, achei que um pouco de História não vos fazia mal. Por isso, hoje deixo-vos com esta estória, ocorrida algures na Hispânia do século II a.C.:


Conta-se que em 139 a.C., Roma envia para a Hispânia o seu general Servílio Cipião com o objectivo de acabar com a guerrilha de Viriato que durava há vários anos, com graves transtornos para os invasores.

As coisas parece que continuavam a correr mal aos romanos e o caudilho lusitano, tirando partido disso, terá enviado três emissários da sua confiança para tentarem obter uma trégua vantajosa.

O negociador romano, Marco Popílio Lenas, decerto seguindo ordens de Cipião, achou que seria mais cómodo subornar os emissários para eliminarem o chefe lusitano, e assim ficava resolvido o problema. Acenaram-lhes com mundos e fundos e o perdão de Roma, caso fizessem o "trabalhinho" bem feito, e o jogo de sedução funcionou em pleno.

Enquanto Viriato dormia, conhecendo o "santo e senha", os renegados conseguiram introduzir-se na sua tenda, e crivaram-no de punhaladas.

Depois correram para o campo adversário (aliás, para o seu novo campo), para cobrarem o ouro prometido. Mas consta que tiveram azar... Os romanos já tinham três patíbulos prontos, com as cordas pendentes, à sua espera.

E à pergunta "- E então a nossa paga?", os  mandantes ter-lhe-ão respondido: "Esta é a moeda com que Roma paga aos traidores!" - e apontaram-lhe as forcas.

Bons tempos...

- Ah, e já agora, os nomes dos traidores (porque é bom que nunca se lhes esqueça o nome): Audax, Ditalco e Minuro...

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