terça-feira, 23 de abril de 2013

Da Trasmontânia: burros de verdade

     Fotografia: Mónica Salgado


Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

                       Mário de Sá Carneiro
(http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/v338.txt)


Adoro este poema e decidi partilhá-lo com todos vocês.

1 comentário:

  1. olá Luna!
    Bem apanhado, o poema em conjunção com a foto. Esperemos que não seja ainda o Fim, para os nossos simpáticos jericos da raça mirandesa, e, se calhar, com o preço dos combustíveis e com esta crise toda, quem nos diz que ainda não poderão ter um grande futuro?...
    Com abraço cá do
    ti Zé.

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