Usando a metáfora da quimioterapia para curar o cancro da crise, o sr. prof. César das Neves, é, naturalmente, um dos adeptos da teoria de se matar o doente com a cura, pois que assim se acabariam todos os nossos problemas. Porque se melhoras não há, e se se recomendam doses mais fortes, ou seja, mais do mesmo (mais porrada nos mesmos, a função pública, despedimentos, cortes, e mais cortes), o objectivo é esse mesmo: MATAR! Matar o ominoso "Estado Social", pois claro, arrazar com tudo (o princípio da "tábua-rasa"). Os que não conseguirem adaptar-se, ou sobreviver, que se lixem!, na certeza de que os que sobreviverem serão a massa de que se fará o almejado (desde Nitzsche) Homem Novo, empresarial ou escravo, vivendo num Admirável Mundo Novo (preconizado por Huxley), num processo de biologismo social darwinesco.
E já que de Darwin se trata, e de espécies extintas ou em extinção também, cada povo tem os Yetis que merece... - Aqui fica, do "nosso":
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/cesar_das_neves_os_que_se_indignam_com_a_famigerada_austeridade_so_podem_ignorar_a_realidade.html
«César das Neves diz que “o Governo tem errado muito, mas a oposição mente com todos os dentes”, considerando que a única opção é curar o país de um endividamento elevado.
“Gritar contra os sacrifícios ou, pior, fingir que seriam, evitáveis pode
ser compreensível, mas é tolice ou, pior, flagrante desonestidade”, afirma o
professor universitário, num artigo de opinião publicado no “Diário de
Notícias”.
O colunista salienta que “por dolorosa que seja a quimioterapia, perante um
cancro não há alternativa.”
César das Neves sublinha que o “mal agrava-se” devido à acumulação da
dívida por parte do país e que é necessário reduzir o endividamento, a bem das
famílias e das empresas.
“Os que se indignam com a famigerada austeridade só podem ignorar a
realidade da situação”, considera, acrescentando que “Os caminhos fáceis que
recomendam gerariam mais, não menos, sofrimento. Repudiar ou renegociar a
dívida, sair do euro, rejeitar a troika são vias para o isolamento e alienação
dos mercados, que nos afastariam da estabilidade e desenvolvimento.”
César das Neves realça que “o Governo tem errado muito, mas a oposição
mente com todos os dentes.”
O comentador adianta que Portugal precisa de reequilibrar as suas contas e
que se “cumprir” com o programa de consolidação “sairá mais forte e
resistente.”»
- Já agora, será que alguém pode explicar a este sr. quem foi J. M. Keynes e como se saíu da crise subsequente ao crash de 1929?
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