Pois é, todos podemos acabar nesse nível sub-humano de sem-abrigo, sobretudo se se seguirem os princípios doutrinários desta gente, só que o "nós" que ele utiliza jamais se lhe aplicaria. Porque esta gente tem contactos e fortes pés-de-meia algures nas Suissas ou Holandas, ou sabe-se lá mais onde, para se safarem, mal vejam as coisas a dar para o torto. E quando um banco está para vir abaixo, como também já o sabemos, ameaça-se o povão com a hipótese de uma bancarrota para a seguir o "nacionalizarmos" (são as únicas situações em que o capitalismo cede às "nacionalizações"), injecta-se-lhe o dinheiro do Estado (que é pago pelos patacôncios), safa-se a coisa, e a seguir muda-se-lhe o nome e arranja-se um gestor amigo e "com provas dadas" e está tudo resolvido (onde é que eu já vi este filme?). Realmente, agora me lembro que do outro dia parece que vi o sr. dr. Oliveira e Costa a dormir no chão, debaixo de umas arcadas, embrulhado nuns cartões, algures em Lisboa, coitadinho!...
Enfim, o "nós" que este senhor utiliza, não se lhe aplica a ele e aos demais da sua casta, mas sim a mim e a si, caro amigo, aos que ainda vamos tendo um emprego e aos que estando já no desemprego ainda têm o magro subsídio que estes tipos almejam em cortar-lho, para nos porem todos a morrer à fome. Porque assim, estaremos então no ponto de rebuçado para trabalharmos depois todos para eles por tuta e meia, ou apenas pela malguinha de caldo!.... É o seu programa ideológico e o seu secreto desejo. Para isso é preciso a "tábua raza": "tudo para o desemprego e para a fome, que depois ficam mais mansos e humildes e até nos beijam a mão pelo caldinho"... como os antigos escravos de Roma. E eles, os novos patrícios (como os do século I), a gozar os rendimentos do trabalho dos escravos, algures nas suas termas e coliseus em grandes festanças. - Ou seja, uma regressão de 2000 anos. Ora tomem lá:
Fernando Ulrich :"Se os sem abrigo aguentam, por que é que nós não?"
- por Ricardo Simões Ferreira
«O "patrão" do BPI
decidiu hoje explicar a sua polémica (e famosa) declaração "Ai aguenta,
aguenta", relativamente à questão de se o país aguenta mais austeridade. E
fê-lo com uma frase igualmente polémica.
Foi no
passado mês de outubro que Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI, disse que
Portugal aguentaria ainda mais austeridade. Hoje, esclareceu o que queria
dizer, comparando a situação de cada cidadão à dos sem-abrigo.
Durante a
conferência de apresentação dos resultados do banco, o banqueiro começou por
dar o exemplo da Grécia:"Se os gregos aguentam uma queda do PIB de 25% os
portugueses não aguentariam porquê? Somo todos iguais, ou não?",
questionou, citado pela TVI24.
E depois
chegou aos sem-abrigo: "Se você andar aí na rua e infelizmente encontramos
pessoas que são sem-abrigo, isso não lhe pode acontecer a si ou a mim porquê?
Isso também nos pode acontecer".
"E se
aquelas pessoas que nós vemos ali na rua, naquela situação e sofrer tanto,
aguentam, porque é que nós não aguentamos?", acrescentou. "Parece-me
uma coisa absolutamente evidente", concluiu.»
in: Diário de Notícias - Economia, 2013.02.01 > http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3027634
ou ainda:
http://www.noticiasaominuto.com/economia/41693/se-os-sem-abrigo-aguentam-porque-n%C3%B3s-n%C3%A3o-aguentamos#.UQun2b-6fGY
ou ainda:
http://www.noticiasaominuto.com/economia/41693/se-os-sem-abrigo-aguentam-porque-n%C3%B3s-n%C3%A3o-aguentamos#.UQun2b-6fGY
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