terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O que eles dizem....

Pois. Agora dizem "que falhou". Das duas uma:  1- ou há PSD's (e CDS's) ingénuos, que acreditavam piamente nas virtualidades do "mercado" e nas suas miraculosas capacidades de auto-regulação, o que seria bom para o conjunto da sociedade, liberta assim do peso de impostos para custear uma máquina "parasitária" - o Estado - os mesmos que, agora, face ao mau resultado da coisa (ou do incêndio causado pelos aprendizes de feiticeiro), concluindo isso, se vêm penitenciar (alguns desses, mais autênticos, entregaram já o cartão do partido); 2 - ou então há PSD's (e CDS's) cínicos, que embora sabendo que o resultado pretendido era esse, tentam agora disfarçar um bocado, tentando dizer, "prontos, já chega, já temos um bom nº. de desempregados para aproveitar como mão-de-obra barata, vamos parar por aqui".  - Só que isto é uma bola de neve e um rolo compressor que entrou em roda livre e não vai parar, porque os Silva Penedas deste país, estão reféns, como os coelhotes e outros, da garra dos senhores dos bancos (que continuam a apresentar lucros chorudos e a reaver as casas para as quais "emprestaram" o dinheiro, depois de já terem mamado juros pingues entretanto), e estes só se contentarão quando a tugalândia fôr um imenso antro de mendigos "sem-abrigo"...  - É a "tábua raza" sobre a qual procurarão edificar o seu "admirável mundo novo", o da escravidão moderna (ver documentário "A Servidão Moderna" que anda no Youtube e que também já aqui postámos).

A propósito, veja-se agora (no "Diário Económico" de hoje) a AUTOCRÍTICA deste "aparatchick" laranja, mais um a pedir um tratamento à islandesa:
 
«Diz Silva Peneda:
Crise demonstra que a experiência neoliberal fracassou
O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Silva Peneda, disse hoje que uma das lições a tirar da crise é que a experiência neo-liberal fracassou, sendo necessário privilegiar o investimento produtivo e reestruturar o sistema financeiro.
Silva Peneda, que falava na conferência "Global Compact Network Portugal" sobre a responsabilidade social das empresas, sublinhou a importância da dimensão ética, cujo afastamento no setor financeiro levou à crise.
Segundo o presidente do CES, a situação atual é exemplo de como, "com a ausência de princípios éticos, um setor pode arrastar milhares de empresas e cidadãos para um mundo de dificuldades".
Para Silva Peneda, há lições a tirar "desta crise perfeita, em que os consumidores não consomem, os produtores não produzem, as financeiras não financiam e os trabalhadores não têm trabalho".
O presidente do CES é perentório a afirmar que "a época da experiência neo-liberal fracassou e a suposta auto-regulação do mercado é apenas uma teoria sem qualquer correspondência com a realidade, porque o mercado não é capaz por si só de se auto-regular e daí que a intervenção dos poderes e das políticas públicas seja decisiva".
Por outro lado, reconhece que "foi excessivo o papel desempenhado pelo setor financeiro nos últimos tempos, sendo o principal responsável pela situação gerada e por isso deve ser restruturado, tornando-o mais transparente e ao serviço da economia real".»

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