sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela símbolo

Faleceu ontem o grande líder africano (e mundial) Nelson Mandela. O tambor africano desde os confins do Cabo terá rufado pela noite e pelo continente. Muitos não festejarão, porque o homem foi condescendente de mais com "os brancos". As teorias da negritude defendiam (e defendem) que a África "é um continente negro", e tudo o que destoe desse tom de pele, não tem que lá estar. Para mais, filhos de antigos colonialistas, esclavagistas, exploradores, racistas, etc.. Há um racismo negro a par de um racismo branco... Fosse "real politik" ou fosse convicção, este Homem defendeu o contrário. Depois da militância no ANC e de ter alinhado na luta armada em prol da libertação do seu povo, acabou por ser uma espécie de Ghandi africano. E conseguiu o que parecia impossível: fazer coexistir dois mundos que pareciam irreconciliáveis nesse território meridional de África. Não há "habilidade política" que valha, sem um grande fundo de humanidade, e uma grande capacidade de liderança e de ser reconhecido, por uns e por outros. Pelo que este Homem, foi, sem dúvida, um fora de série. Que diferença com o Bokassa zimbabueano, ou com o corrupto dos Santos, e tantos outros sobas africanos que sucederam ao período colonial!
Este Homem, também por isso, foi um Grande, desta Aldeia global.
Que acontecerá agora à Africa do Sul?
 
Nelson Mandela em 2 de agosto de 2008 na comemoração do aniversário do ex-presidente sul-africano (AFP, Gianluigi Guercia)
 
«Nelson Mandela- A Liberdade está de luto. O Mundo também. Até sempre, Madiba
A Liberdade está de luto. O Mundo também. Partiu Nelson Mandela. A África do Sul ficou órfã do seu pai. Lágrimas que se choram, palavras que evocam a memória daquele que se vergou pela Humanidade. Daquele que abdicou de tanto por tantos. Até sempre, Madiba.»
 


 


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